No dia 14 de agosto de 2018, recebemos no Papo Ativo, Gustavo Loeff Zardo, 26 anos, é natural de caçador, formado em artes cênicas e comunicação institucional e atualmente trabalha como técnico de cultura.
Os cinco eixos do programa foram: Cultura e Arte, Seres Ordinários e Seres Extraordinários, Muro Cinza e Lata Vermelha, Caçador e Ador e O Número 3.
No primeiro eixo, o convidado falou sobre sua perspectiva a respeito de cultura e arte, sobre serem duas coisas diferentes e que se completam. Também disse que o conceito de uma arte/cultura ser boa ou ruim, é muito individual e que não deve ter caráter normativo, ou seja, não se pode criar uma regra de conceito coletivo a respeito de uma arte que gera diferentes sentimentos. Ainda no primeiro eixo, comentou sobre o papel da cultura e da arte na sociedade contemporânea.
No segundo eixo, Gustavo comentou sobre a importância de refletir todos os dias, sobre qual é o papel do indivíduo na sociedade e sobre se questionar diariamente. Disse que o indivíduo contemporâneo tem muitas vezes focado em coisas banais, como consumo e parado pouco para pensar o que realmente importa. Ainda disse que deveria existir em Caçador um coletivo que realizasse encontros para discutir assuntos filosóficos. Falou também que a nossa perspectiva sobre algum objeto/pessoa/situação, diz mais sobre nós mesmos, do que sobre o objeto/pessoa/situação observado(a).
Para a terceira etapa da conversa, Gustavo disse que "Muro cinza" se refere metaforicamente aos muros criados pelo indivíduo bloqueando coisas novas que quebrariam tabus e padrões impostos e que a presença desses muros em Caçador é perceptível. E a lata, refere-se também metaforicamente, a lutar contra a morosidade dos muros cinzas. O convidado também falou sobre a arte como ferramenta de transformação e de destruição e sobre a importância também da destruição na vida do indivíduo.
No quarto eixo, o convidado falou sobre sua visão de Caçador, sobre um falso puritanismo e moralismo que rondam a cidade e os efeitos ruins que causam. Também falou sobre os problemas que vê em Caçador. Refletimos ainda que compreender diferentes perspectivas, enriquece o autoconhecimento.
E para o quinto eixo, Gustavo disse que a sua esperança para o futuro, é de que existam cada vez mais pessoas livres para estarem tanto na luz, quanto na escuridão e não serem julgados, livres para desfrutarem o que quiserem. Gustavo ainda deixou a indicação do escritor Manoel de Barros, citando poemas a respeito de "Desconhecer" as coisas, o que acredita ser uma solução para o mundo pós contemporâneo.
Para escutar o programa ou baixá-lo, basta clicar aqui!
As musicas do convidado foram:
Tom zé - Tô
Criolo - Pé de breque
Rincon Sapiência - Ponta de lança (verso livre)
Bate bola com o Gustavo, exclusivo para os leitores do blog:
Um filme: De olhos bem fechados
Um livro: O livro das ignorãças - Manoel de Barros
Um ídolo: Tom zé
Um herói: Capitão Nascimento
Uma frase: Repetir, repetir até ficar diferente, repetir é um dom do estilo - Manoel de Barros
Um sonho: Poder que cada um consiga expressar e ser aquilo que quiser e expresssar o que quer ser.
Gustavo Loeff Zardo por Gustavo Loeff Zardo? Incontrolável, perigoso e Exu
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